Estimados parceiros, clientes e amigos,
O Portal da Construção Sustentável nasceu em 2010, numa busca incansável por um Ambiente construído mais sustentável. Não foi fácil iniciar um percurso em anos de assumida crise económica e financeira em Portugal, e onde a maioria, infelizmente, não acreditava na necessidade de um desenvolvimento mais sustentável da sociedade. O setor da construção é um dos mais poluentes, urge torná-lo mais sustentável, pois não é possível ao ser humano viver sem edifícios e é neles que passamos mais de 90% do nosso tempo de vida. Ao longo de quase 14 anos, ainda somos os únicos em Portugal a tratar este tema convenientemente, assumindo como princípio a verdadeira sustentabilidade.
Nos últimos anos os eventos climáticos, cada vez mais extremos e severos, não tem deixado dúvidas. E, finalmente, já há mais quem acredite que a sustentabilidade tem de ser o caminho. As imposições Europeias em matéria de Ambiente, e o acordo histórico alcançado recentemente na COP28, que insta os países a esforçarem-se para conseguirem uma profunda e rápida redução das emissões de gases com efeitos de estufa, com medidas como “ir até ao abandono dos combustíveis fósseis”, tem tido progressos, mas são necessários muito mais esforços para atingir a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5º.
O ano que temos pela frente será mais um ano desafiante pela situação vivida e os riscos de uma nova crise económica e financeira mundial sem precedentes. Infelizmente muitas empresas já se aperceberam de que a “sustentabilidade” que apregoam pode ser um bom argumento de venda. Mas a sustentabilidade não é só uma palavra. São ações que realmente implicam a redução do impacte ambiental. E é também focado na seriedade desta problemática que o PCS trabalha, para combater a desinformação e o greenwashing praticado por muitas empresas que se auto-intitulam como empresa “de construção sustentável”, no intuito de levantarem mais uma bandeira afirmando que estão a salvar o mundo!
A verdade, é que sem ações responsáveis e controladas, o carbono negativo e a compensação de emissões são, na sua maioria, falácias!
O exemplo dos plásticos, poliuretanos, poliestirenos e todos os demais derivados de petróleo que dizem ser recicláveis ou reciclados, causam os mesmos impactes ambientais negativos e estão ligados a uma cadeia produtiva altamente poluente, a do petróleo. Se este tipo de produtos, não forem usados somente no estritamente necessário, jamais poderão ser reciclados, indo parar aos oceanos e a outros destinos com elevadíssimos impactes ambientais negativos.
Por isso. É tempo de agradecer a todos os que permanecem connosco e confiam no nosso trabalho. Atentos a esta divulgação incansável de que tudo é sustentável, continuaremos a fazer a diferença, mantendo-nos fiéis aos verdadeiros princípios de sustentabilidade, combatendo o greenwashing. O nosso lema será sempre o de que menos é mais.
O próximo ano continuaremos a lutar por MENOS greenwashing e MAIS sustentabilidade, só assim poderemos contribuir para a tão necessária descarbonização deste setor que tantos impactes ambientais negativos tem associados.
Juntos, seremos mais fortes no combate às alterações climáticas.
Um grande bem haja e estaremos juntos em 2024!
Aline Guerreiro | CEO Portal de Arquitetura e Construção Sustentável